Pequei, Senhor, mas não porque hei pecado
Pequei, Senhor, mas não porque hei pecado,
de vossa alta clemência me despido;
porque quanto mais tenho delinquido, Quanto mais peco mais
vos tenho a perdoar mais empenhado. sou perdoado.
Se basta a vos irar tanto um pecado,
a abrandar-vos sobeja um só gemido: Quando a arrependimento, lágrimas,
que a mesma culpa, que vos há ofendido, Deus sempre perdoa
vos tem para o perdão lisonjeado.
Se uma orelha perdida e já cobrada, A sagrada escritura
glória tal e prazer tão repentino fala da ovelha perdida
vos deu, como afirmais na sacra história, e da alegria ao encontrá-la
Eu sou, Senhor, a ovelha desgarrada,
cobrai-a; e não queirais, pastor divino, O eu lírico diz que é uma ovelha perdida
perder na vossa ovelha a vossa glória. e esse fato faz a alegria e glória do Senhor
Entendendo o poema:
01 – Na primeira estrofe, o eu lírico declara que:
a) Não se considera um pecador, por isso acha justo esperar o perdão de Deus.
b) Não espera o perdão divino por ser um grande pecador.
c) Está empenhado em receber o perdão divino, pois acha que faz jus a ele.
d) Espera a piedade divina, pois, embora seja um grande pecador, sabe que Deus se empenha em salvá-lo.
e) Deve receber o perdão divino porque pecou bastante, já que Deus se empenha apenas em perdoar os grandes pecadores.
02 – Na segunda estrofe, o eu lírico:
a) Reconhece que tem sofrido com os pecados que cometeu.
b) Declara que a ira de Deus se abranda ao saber dos pecados dos homens.
c) Afirma que o arrependimento do pecador abranda a ira de Deus.
d) Declara não ter certeza de que Deus está irado com ele.
e) Mostra-se surpreso com o fato de um pecado causar tanta ira em Deus.
03 – Portanto, nas duas primeiras estrofes, o eu lírico:
a) Não manifesta esperança na salvação.
b) Sabe que Deus não o considera um pecador.
c) Já se considera salvo por não ser um pecador.
d) Confia em que Deus tem interesse em salvar um pecador.
e) Reconhece que, por ter pecado bastante, a salvação é impossível.
04 – Nos tercetos, o eu lírico compara seu caso pessoal com um episódio narrado na Bíblia. Essa comparação:
a) Dá ao eu lírico a certeza de que nunca será perdoado por Deus.
b) Deixa o eu lírico esperançoso sobre o perdão de Deus.
c) Faz o eu lírico perceber que perdeu a glória de Deus.
d) Mostra ao eu lírico que o homem não pode conhecer os desígnios de Deus.
e) Dá ao eu lírico a certeza de que nunca foi considerado pecador por Deus.
05 – Alguns críticos veem nesse poema uma atitude chantagista porque o eu lírico, na verdade, em vez de implorar o perdão divino, “cobra” esse perdão por meio de um raciocínio apoiado numa passagem da Bíblia. Nesse caso, Deus não teria como escapar: ou perdoa ou entra em contradição com o texto bíblico. Você acha que essa interpretação se justifica? Por quê?
Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Porque o raciocínio feito pelo eu lírico parece ter como consequência inevitável a sua salvação.
06 – Que justificativa utiliza o pecador para não desistir da piedade divina, embora tenha pecado tanto?
O pecador diz que não desiste da piedade divina porque quanto mais ele peca mais Deus fica obrigado a perdoá-lo.
07 – Traduza em outras palavras o argumento apresentado nos versos 5 e 6.
Um pecado é bastante para provocar a ira divina, mas, em compensação, a mínima demonstração de arrependimento, como um simples gemido, é mais que suficiente para acalmá-la.
08 – Que explicação paradoxal o sujeito lírico dá nos versos 7 e 8?
Ele diz que a ofensa a Deus já é, por si mesma, um agrado para conseguir o perdão.
09 – O pecador exibe, nos tercetos, suas qualidades de advogado, procurando provar os argumentos paradoxais utilizados nos quartetos. Para isso, ele cita, em seu favor, as palavras do próprio Cristo, a quem procura convencer.
a) Qual é a afirmação de Cristo utilizada por ele?
É a afirmação de que uma ovelha perdida (o pecador) dá grande glória ao pastor (a Deus) quando é recuperada.
b) Qual é o argumento final do pecador?
Deus deve perdoá-lo, se não quiser ter prejuízo em sua glória.
Se basta a vos irar tanto um pecado,
a abrandar-vos sobeja um só gemido: Quando a arrependimento, lágrimas,
que a mesma culpa, que vos há ofendido, Deus sempre perdoa
vos tem para o perdão lisonjeado.
Se uma orelha perdida e já cobrada, A sagrada escritura
glória tal e prazer tão repentino fala da ovelha perdida
vos deu, como afirmais na sacra história, e da alegria ao encontrá-la
Eu sou, Senhor, a ovelha desgarrada,
cobrai-a; e não queirais, pastor divino, O eu lírico diz que é uma ovelha perdida
perder na vossa ovelha a vossa glória. e esse fato faz a alegria e glória do Senhor
Gregório de Mattos. Do livro: "Livro dos Sonetos", LP&M Editores, 1996, RS
Gregório joga com Mateus, 18.14 - "Assim, também, não é vontade de vosso Pai, que está nos céus, que um destes pequeninos se perca". e com Lucas 15.7 "Digo-vos que assim haverá alegria no céu por um pecador que se arrepende, mais do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento. "
01 – Na primeira estrofe, o eu lírico declara que:
a) Não se considera um pecador, por isso acha justo esperar o perdão de Deus.
b) Não espera o perdão divino por ser um grande pecador.
c) Está empenhado em receber o perdão divino, pois acha que faz jus a ele.
d) Espera a piedade divina, pois, embora seja um grande pecador, sabe que Deus se empenha em salvá-lo.
e) Deve receber o perdão divino porque pecou bastante, já que Deus se empenha apenas em perdoar os grandes pecadores.
a) Reconhece que tem sofrido com os pecados que cometeu.
b) Declara que a ira de Deus se abranda ao saber dos pecados dos homens.
c) Afirma que o arrependimento do pecador abranda a ira de Deus.
d) Declara não ter certeza de que Deus está irado com ele.
e) Mostra-se surpreso com o fato de um pecado causar tanta ira em Deus.
03 – Portanto, nas duas primeiras estrofes, o eu lírico:
a) Não manifesta esperança na salvação.
b) Sabe que Deus não o considera um pecador.
c) Já se considera salvo por não ser um pecador.
d) Confia em que Deus tem interesse em salvar um pecador.
e) Reconhece que, por ter pecado bastante, a salvação é impossível.
04 – Nos tercetos, o eu lírico compara seu caso pessoal com um episódio narrado na Bíblia. Essa comparação:
a) Dá ao eu lírico a certeza de que nunca será perdoado por Deus.
b) Deixa o eu lírico esperançoso sobre o perdão de Deus.
c) Faz o eu lírico perceber que perdeu a glória de Deus.
d) Mostra ao eu lírico que o homem não pode conhecer os desígnios de Deus.
e) Dá ao eu lírico a certeza de que nunca foi considerado pecador por Deus.
05 – Alguns críticos veem nesse poema uma atitude chantagista porque o eu lírico, na verdade, em vez de implorar o perdão divino, “cobra” esse perdão por meio de um raciocínio apoiado numa passagem da Bíblia. Nesse caso, Deus não teria como escapar: ou perdoa ou entra em contradição com o texto bíblico. Você acha que essa interpretação se justifica? Por quê?
Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Porque o raciocínio feito pelo eu lírico parece ter como consequência inevitável a sua salvação.
06 – Que justificativa utiliza o pecador para não desistir da piedade divina, embora tenha pecado tanto?
O pecador diz que não desiste da piedade divina porque quanto mais ele peca mais Deus fica obrigado a perdoá-lo.
07 – Traduza em outras palavras o argumento apresentado nos versos 5 e 6.
Um pecado é bastante para provocar a ira divina, mas, em compensação, a mínima demonstração de arrependimento, como um simples gemido, é mais que suficiente para acalmá-la.
08 – Que explicação paradoxal o sujeito lírico dá nos versos 7 e 8?
Ele diz que a ofensa a Deus já é, por si mesma, um agrado para conseguir o perdão.
09 – O pecador exibe, nos tercetos, suas qualidades de advogado, procurando provar os argumentos paradoxais utilizados nos quartetos. Para isso, ele cita, em seu favor, as palavras do próprio Cristo, a quem procura convencer.
a) Qual é a afirmação de Cristo utilizada por ele?
É a afirmação de que uma ovelha perdida (o pecador) dá grande glória ao pastor (a Deus) quando é recuperada.
b) Qual é o argumento final do pecador?
Deus deve perdoá-lo, se não quiser ter prejuízo em sua glória.
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