segunda-feira, 17 de outubro de 2022

SIMULADO SARESP

 Questão 1 

D3 – Inferir o sentido de uma palavra ou expressão. 

Importância da pesquisa 

Todo ponto de vista é a vista de um ponto Ler significa reler e compreender, interpretar. Cada um lê com os olhos que tem. E interpreta a partir de onde os pés pisam. Todo ponto de vista é um ponto. Para entender como alguém lê, é necessário saber como são seus olhos e qual é sua visão de mundo. Isso faz da leitura sempre uma releitura. A cabeça pensa a partir de onde os pés pisam. Para compreender, é essencial conhecer o lugar social de quem olha. Vale dizer: como alguém vive, com quem convive que experiências tem, em que trabalha, que desejos alimenta, como assume os dramas da vida e da morte e que esperanças o animam. Isso faz da compreensão sempre uma interpretação. BOFF, Leonardo. A águia e a galinha. 4ª ed. RJ: Sextante, 1999.

 A expressão “com os olhos que tem”, no texto, tem o sentido de

 A) enfatizar a leitura.      B) incentivar a leitura.     C) priorizar a leitura.   

 D) valorizar a leitura.        E) individualizar a leitura. 

Disponível em: . Acesso em: 15/04/2013.


2) Importância da pesquisa                   

 D6 – Identificar tema em um texto.

Sem pesquisa não há ciência, muito menos tecnologia. Todas as grandes empresas do mundo de hoje possuem departamentos chamados “Pesquisa e Desenvolvimento” (P&D). Os departamentos de P&D estão sempre tentando dar um passo à frente para a obtenção de novos produtos que respondem melhor às exigências cada vez maiores dos consumidores ou, simplesmente, que permitam vencer a concorrência das empresas. As indústrias farmacêuticas vivem à procura de novos medicamentos mais eficazes contra doenças velhas e novas (e rezamos para que consigam!). As montadoras de automóveis querem produzir carros mais econômicos, menos poluentes, mais seguros. A informática não para de nos assustar com seus computadores cada dia mais rápidos, com maior capacidade de memória, com programas mais eficientes. Uma porcentagem significativa dos lucros dessas empresas é destinada à P&D. Nesses departamentos existem laboratórios ultramodernos, pistas de testes (quando é o caso), campos de aplicação experimental, oficinas para montagem de protótipos etc. Neles trabalham técnicos e cientistas altamente preparados. Se não houvesse pesquisa, todas as grandes invenções e descobertas científicas não teriam acontecido. 

BAGNO, Marcos. Pesquisa na escola: o que é como se faz. São Paulo: Edições Loyola, 1998, pág. 19

 

As indústrias farmacêuticas vivem à procura de novos medicamentos mais eficazes contra doenças velhas e novas (e rezamos para que consigam!). As montadoras de automóveis querem produzir carros mais econômicos, menos poluentes, mais seguros.

A ideia central do texto é a de que a pesquisa é importante para melhorar 

(A) os equipamentos de informática.            

 (B) os níveis de lucros das empresas.                                   

 (C) os níveis salariais dos cientistas.              

(D) a qualidade de vida das pessoas.                               

 (E) os campos de aplicação experimental. 


Disponível em: http://devolutivas.inep.gov.br/itens_publicados/85. Ú


D1 – Localizar informações explícitas em um texto. 

 

   4)

Para responder às questões 3 e 4, leia o texto abaixo: 



A aliança 

Esta é uma história exemplar, só não está muito claro qual é o exemplo. De qualquer, mantenha-a longe das crianças. Também não tem nada a ver com a crise brasileira, o apartheid, a situação na América Central ou no Oriente Médio ou a grande aventura do homem sobre a Terra. Situa-se no terreno mais baixo das pequenas aflições da classe média. Enfim. Aconteceu com um amigo meu. Fictício, claro. Ele estava voltando para casa como fazia, com fidelidade rotineira, todos os dias à mesma hora. Um homem dos seus 40 anos, naquela idade em que já sabe que nunca será o dono de um cassino em Samarkand, com diamantes nos dentes, mas ainda pode esperar algumas surpresas da vida, como ganhar na loto ou furar-lhe um pneu. Furou-lhe um pneu. Com dificuldade ele encostou o carro no meio-fio e preparou-se para a batalha contra o macaco, não um dos grandes macacos que o desafiavam no jângal dos seus sonhos de infância, mas o macaco do seu carro tamanho médio, que provavelmente não funcionaria, resignação e reticências... Conseguiu fazer o macaco funcionar, ergueu o carro, trocou o pneu e já estava fechando o porta-malas quando a sua aliança escorregou pelo dedo sujo de óleo e caiu no chão. Ele deu um passo para pegar a aliança do asfalto, mas sem querer a chutou. A aliança bateu na roda de um carro que passava e voou para um bueiro. Onde desapareceu diante dos seus olhos, nos quais ele custou a acreditar. Limpou as mãos o melhor que pôde, entrou no carro e seguiu para casa. Começou a pensar no que diria para a mulher. Imaginou a cena. Ele entrando em casa e respondendo às perguntas da mulher antes de ela fazê-las.— Você não sabe o que me aconteceu! — O quê?— Uma coisa incrível. — O quê?— Contando ninguém acredita. — Conta!— Você não nota nada de diferente em mim? Não está faltando nada?— Não. — Olhe. E ele mostraria o dedo da aliança, sem a aliança.— O que aconteceu? E ele contaria. Tudo, exatamente como acontecera. O macaco. O óleo. A aliança no asfalto. O chute involuntário. E a aliança voando para o bueiro e desaparecendo.— Que coisa – diria a mulher, calmamente.— Não é difícil de acreditar?— Não. É perfeitamente possível. — Pois é. Eu...— SEU CRETINO!— Meu bem...— Está me achando com cara de boba? De palhaça? Eu sei o que aconteceu com essa aliança. Você tirou do dedo para namorar. É ou não é? Para fazer um programa. Chega em casa a esta hora e ainda tem a cara de pau de inventar uma história em que só um imbecil acreditaria. — Mas, meu bem...— Eu sei onde está essa aliança. Perdida no tapete felpudo de algum motel. Dentro do ralo de alguma banheira redonda. Seu sem- -vergonha! E ela sairia de casa, com as crianças, sem querer ouvir explicações. Ele chegou em casa sem dizer nada. Por que o atraso? Muito trânsito. Por que essa cara? Nada, nada. E, finalmente: — Que fim levou a sua aliança? E ele disse: —Tirei para namorar. Para fazer um programa. E perdi no motel. Pronto. Não tenho desculpas. Se você quiser encerrar nosso casamento agora, eu compreenderei. Ela fez cara de choro. Depois correu para o quarto e bateu com a porta. Dez minutos depois reapareceu. Disse que aquilo significava uma crise no casamento deles, mas que eles, com bom-senso, a venceriam. — O mais importante é que você não mentiu pra mim. E foi tratar do jantar. 

VERÍSSIMO. Luis Fernando. Texto extraído do livro As mentiras que os homens contam. Editora Objetiva - Rio de Janeiro, 2000, pág. 37. (Revisão realizada pela Nova Ortografia)

Questão 3 

No texto, considera-se que o homem perdeu sua aliança de casamento 

A) no bueiro da rua ao trocar o pneu do carro.       

B) num tapete felpudo de um quarto de motel.             

C) no porta-malas do carro ao pegar o macaco.    

D) na casa da namorada com dedo sujo de óleo.           

E) num programa de grande aventura na América.


D4 – Inferir uma informação implícita em um texto. 

Questão 4

 No texto, considera-se que o homem mentiu para sua esposa, pois 

A) tirou a aliança para namorar e fazer um programa.     

 B) sabia que a mulher não acreditaria na verdade.      

 C) era um homem, naquela idade, com seus 40 anos.

 D) perdeu a aliança em um tapete de quarto de motel.

 E) jogou a aliança no bueiro com a crise do casamento.








Questão 5 

13 de Dezembro 

Passei de carro pela Esplanada e vi a multidão. Estranhei aquilo. O motorista me lembrou: “Hoje é 13 de dezembro, dia de Santa Luzia. A igreja dela está cheia, ela protege os olhos da gente”. Agradeci a informação, mas fiquei inquieto. Bolas, o 13 de dezembro tinha alguma coisa a ver comigo e nada com Santa Luzia e sua eficácia nas doenças que ainda não tenho. O que seria? Aniversário de um amigo? Uma data inconfessável, que tivesse marcado um relacionamento para o bom ou para o pior? Não lembrava de nada de importante naquele dia, mas ele piscava dentro de mim. E as horas se passaram iluminadas pelo intermitente piscar da luzinha vermelha dentro de mim. 13 de dezembro! Preciso tomar um desses tonificantes da memória, vivo em parte dela e não posso ter brancos assim, um dia importante e não me lembro por quê. Somente à noite, quando não era mais 13 de dezembro, ao fechar o livro que estava lendo, de repente a luz parou de piscar e iluminou com nitidez a cena noturna: eu chegando no prédio em que morava, no Leme, a Kombi que saiu dos fundos da garagem, o homem que se aproximou e me avisou que o comandante do 1º Exército queria falar comigo. Eram 11 horas da noite, estranhei aquele convite, nada tinha a falar com o general Sarmento e não acreditava que ele tivesse alguma coisa a falar comigo. Mas o homem insistiu. E outro homem que saíra da Kombi já entrava dentro do meu carro, com uma pequena metralhadora. Naquela mesma hora, a mesma cena se repetia pelo Brasil afora, o governo baixara o AI-5, eu nem ouvira o decreto lido no rádio. Num motel da Barra, eu estivera à toa na vida, e meu amor me chamara e eu não vira a banda passar. Tantos anos depois, ninguém me chama nem me convida para falar com o comandante do 1º Exército. O país talvez tenha melhorado, mas eu certamente piorei. 

CONY, Carlos Heitor. Folha de São Paulo. 16/12/2001


D10 - Identificar o conflito gerador do enredo e os elementos que constroem a narrativa. 

Não lembrava de nada de importante naquele dia


No texto, o que gera a inquietação do narrador é o fato de ele 
A) verificar que a igreja estava cheia de fiéis. 
B) não se lembrar de algo muito importante. 
C) ver uma grande multidão na Esplanada. 
D) constatar que não era um dia importante. 
E) saber que era dia de Santa Luzia. 

Disponível em: . Último acesso:15/09/2017


Questão 6 

A Formiga e a Cigarra 

Era uma vez uma formiguinha e uma cigarra muito amigas. Durante todo o outono, a formiguinha trabalhou sem parar, armazenando comida para o período de inverno. Não aproveitou nada do Sol, da brisa suave do fim da tarde nem do bate-papo com os amigos ao final do expediente de trabalho, tomando uma cervejinha. Seu nome era “trabalho” e seu sobrenome, “sempre”. Enquanto isso, a cigarra só queria saber de cantar nas rodas de amigos e nos bares da cidade; não desperdiçou um minuto sequer, cantou durante todo o outono, dançou, aproveitou o Sol, curtiu para valer, sem se preocupar com o inverno que estava por vir. Então, passados alguns dias, começou a esfriar. Era o inverno que estava começando. A formiguinha, exausta, entrou em sua singela e aconchegante toca repleta de comida. Mas alguém chamava por seu nome do lado de fora da toca. Quando abriu a porta para ver quem era, ficou surpresa com o que viu: sua amiga cigarra, dentro de uma Ferrari, com um aconchegante casaco de visom. E a cigarra falou para a formiguinha: – Olá, amiga, vou passar o inverno em Paris. Será que você poderia cuidar da minha toca? – Claro, sem problema! Mas o que lhe aconteceu? Como você conseguiu grana pra ir a Paris e comprar essa Ferrari? – Imagine você que eu estava cantando em um bar, na semana passada, e um produtor gostou da minha voz. Fechei um contrato de seis meses para fazer shows em Paris... A propósito, a amiga deseja algo de lá? – Desejo, sim. Se você encontrar um tal de La Fontaine por lá, manda ele pro DIABO QUE O CARREGUE! MORAL DA HISTÓRIA: “Aproveite sua vida, saiba dosar trabalho e lazer, pois trabalho em demasia só traz benefício em fábulas do La Fontaine”. 

Fábula de La Fontaine reelaborada. Disponível em
Acesso em: 15/04/2013. (adaptado). AOLP-3EM-ADS-20130523-1500.indd 8 23/05/2013 15:48:1

D16 – Identificar efeitos de ironia ou humor em textos variados. 

Quando abriu a porta para ver quem era, ficou surpresa com o que viu: sua amiga cigarra, dentro de uma Ferrari, com um aconchegante casaco de visom.

6)  Em relação ao texto original da fábula, a ironia está no fato de 
A) a formiga trabalhar e possuir uma toca. 
B) a cigarra deixar de trabalhar para aproveitar o Sol. 
C) a cigarra não trabalhar e cantar durante todo o outono. 
D) a formiga possuir o nome “trabalho” e o sobrenome “sempre”. 
E) a cigarra, sem trabalhar, surgir de Ferrari e casaco de visom.


D13 – Identificar as marcas linguísticas que evidenciam o locutor e o interlocutor de um texto. 

Questão 7 


Luz sob a porta 

— E sabem que que o cara fez? Imaginem só: me deu a maior cantada! Lá, gente, na porta de minha casa! Não é ousadia demais? — E você? — Eu? Dei telogo e bença pra ele; engraçadinho, quem ele pensou que eu era? — Que eu fosse. — Quem tá de copo vazio aí? — Vê se baixa um pouco essa eletrola, quer pôr a gente surdo?

(VILELA, Luiz. Tarde da noite. São Paulo: Ática, 1998. p. 62.) 

O padrão de linguagem usado no texto sugere que se trata de um falante 
A) rigoroso na precisão vocabular. 
B) escrupuloso em ambiente de trabalho. 
C) ajustado às situações informais. 
D) exato quanto à pronúncia das palavras. 
E) contrário ao uso de expressões populares. 


D8 – Estabelecer relação entre a tese e os argumentos oferecidos para sustentá-la. 

Questão 8 

Haverá um mapa para este tesouro? 


“Diversidade biológica” significa a variabilidade de organismos vivos de todas as origens, compreendendo, dentre outros, os ecossistemas terrestres, marinhos e outros ecossistemas aquáticos e os complexos ecológicos de que fazem parte; compreendendo ainda a diversidade dentro de espécies, entre espécies e de ecossistemas.” (Artigo 2 da Convenção sobre Diversidade Biológica). O Brasil, país de dimensões continentais, sabidamente possui uma enorme biodiversidade, sendo definida como a maior do planeta. Possuir muito, e de diferentes fontes, ecoa aos nossos sentidos como ter à disposição, ao alcance de todos, um grande tesouro. No entanto, todos sabemos que um grande tesouro escondido em locais inacessíveis, ou mesmo localizado sob os nossos olhos, sem que tenhamos possibilidade de enxergá-lo, significa um grande sonho.... e sonhos não costumam tornar-se realidade... podem até evoluir para pesadelos... Assim, fica evidente que o conhecimento científico, embasado em fatos, é essencial para dar suporte a hipóteses que gerem projetos que permitam expandir esses conhecimentos e servir de partida para projetos que permitam a aplicação racional e sustentada dessa riqueza. Todos sabem que a pior atitude é “...matar a galinha dos ovos de ouro...”. Portanto, precisamos saber de onde vêm os ovos, e como cuidar da galinha e fazê-la reproduzir para que possamos transmitir essa riqueza como herança. 

Regina Pakelmann Markus e Miguel Trefault Rodrigues. Revista Ciência &Cultura.julho/agosto/setembro 2003. p.20. 

O trecho “evoluir para pesadelos...” é um argumento para sustentar a ideia de que 
A) o maior conhecimento da natureza causa-lhe mais riscos. 
B) a reprodução ostensiva da galinha dos ovos de ouro é problemática. 
C) a má utilização das riquezas naturais causa graves problemas. 
D) a biodiversidade do Brasil é imensa e incontrolável. 
E) o sonho alto das pessoas faz com que sofram muito. 



Disponível em . Acesso em 15/04/2013.

GABARITO: 1 E   2 D    3 A    4  B   5 B    6 E  7C    8 C



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